"Trabalhei com Patrícia na Ampla (atual Enel Distribuição, Rio de Janeiro) em diversos projetos de transformação cultural. Sua contribuição foi muito significativa: por sua diversidade, pela intensidade e pela paixão que colocava em tudo o que fazia. Ela se envolvia 100% em todos os projetos, emocionalmente e profissionalmente. Sempre trouxe um ponto de vista diferente que, sem dúvida, ajudou na transformação da nossa empresa.
Fico feliz em ver que hoje ela está liderando sua própria organização, Acqua Mater, e estou convencido de que seu trabalho terá um grande impacto.
Cuidar da forma como nos relacionamos com a água é muito importante, devido ao momento crítico que nossa civilização vive. Enfrentamos uma crise ambiental que foi gerada por nós mesmos!
Acho que se a água tivesse que escolher um porta-voz, sem dúvida a Patrícia seria uma das principais candidatas! Ele consegue transmitir o que a água precisa, o que a água quer nos dizer.
Patricia é clara sobre o impacto que temos no meio ambiente e a importância de saber se conectar com outros seres vivos, com toda a natureza. Ela sabe que é preciso usar outro tipo de linguagem. A água nos pede uma conexão que vai além das palavras!
Patricia entende a linguagem usada pela água, pelo meio ambiente , e consegue traduzi-la com uma paixão e uma energia invejáveis."
"Lembro-me bem do dia em que cruzei a Patricia Furtado de Mendonça. Foi numa Conferência em Cascais sobre o mar e a proteção dos oceanos – a Ocean Talks, organizado pela Galp no Museu do Mar de Cascais - em que tive a honra de participar como Secretária Executiva da OSPAR, uma Convenção internacional para a Proteção do Ambiente Marinho do Nordeste do Atlântico. Isso aconteceu num momento em que eu estava a organizar a Reunião Ministerial da OSPAR que teria lugar em Cascais, e imediatamente a convidei para fazer a abertura da mesma, que no entanto acabou por ser adiada para 2021 devido à pandemia. A força inspiradora da Patricia deve-se a tão genuinamente conseguir expressar a sua verdade, que é também a nossa, a de todos os seres humanos e seres vivos deste planeta: a de que sem água não há vida, a de que sem oceanos saudáveis não pode haver vida saudável.
Naturalmente, como muitos outros colegas, habituados a estes eventos, participo em debates mais ou menos técnicos e/ou científicos, estruturados de forma semelhante, resultando em conclusões, documentos, relatórios, planos de ação. A apresentação da Patricia foi avassaladora porque a revelação da verdade singela surgiu a todos logo ali: proteger a água porque somos água. Graças à sua brilhante capacidade comunicativa e pondo tudo o que sentia nas palavras com que se expressava, a Patricia deu o mote à Conferência. Ela foi início, inspiração e conclusão. Tudo é tão simples e óbvio que nem sempre se vê. A Patricia revela o simples e o verdadeiro, fala a todos e a cada um em simultâneo, lembra-nos essa ligação primordial com a água, berço de vida.
Fiquei emocionada com a autenticidade e a plenitude do seu propósito, com a força da sua convicção e muito grata por conhecer alguém que consegue conciliar e transmitir conhecimento, ciência, cultura e vida, invocando a nossa mãe-água, o mar da nossa infância, o quão somos água.
Acredito profundamente na nobre ação da Acqua Mater liderada pela excelência e profissionalismo da Patricia na luta pela preservação do mar e da biodiversidade marinha, assim como no seu papel fundamental na disseminação do conhecimento sobre o oceano e - como diria Sophia de Mello Breyner Andresen, a poeta da imanência, do concreto e das coisas visíveis - em ajudar-nos a todos a “descobrir a presença do real”.